nâo é por acaso Luis

nâo é por acaso Luis: (www.astormentas.com)
Poema ao acaso



Passei entre eles estrangeiro porém nenhum viu que eu o era. Vivi entre eles espião, e ninguém, nem eu, suspeitou que eu o fosse. Todos me tinham por parente: nenhum sabia que me haviam trocado à nascença. Assim fui igual aos outros sem semelhança, irmão de todos sem ser família.

Vinha de prodigiosas terras, de paisagens melhores que a vida, mas das terras nunca falei, senão comigo, e das paisagens, vistas se sonhava, nunca lhes dei notícia. Meus passos eram como os deles nos soalhos e nas lajes, mas o meu coração estava longe, ainda que batesse perto, senhor falso de um corpo desterrado e estranho.

Ninguém me conheceu sob a máscara da igualha, nem soube nunca que era máscara, porque ninguém sabia que neste mundo há mascarados. Ninguém supôs que ao pé de mim estivesse sempre outro, que afinal era eu. Julgaram-me sempre idêntico a mim.

Abrigaram-me as suas casas, as suas mãos apertaram a minha, viram-me passar na rua como se eu lá estivesse; mas quem sou não esteve nunca naquelas salas, quem vivo não tem mãos que os outros apertem, quem me conheço não tem ruas por onde passe, a não ser que sejam todas as ruas, nem que nelas o veja, a não ser que ele mesmo seja todos os outros.

Vivemos todos longínquos e anónimos; disfarçados, sofremos desconhecidos. A uns, porém, esta distância entre um ser e ele mesmo nunca se revela; para outros é de vez em quando iluminada, de horror ou de mágoa, por um relâmpago sem limites; mas outros ainda é essa a dolorosa constância e quotidianidade da vida.

Saber bem que quem somos não é connosco, que o que pensamos ou sentimos é sempre uma tradução, que o que queremos o não quisemos, nem porventura alguém o quis - saber tudo isto a cada minuto, sentir tudo isto em cada sentimento, não será isto ser estrangeiro na própria alma, exilado nas próprias sensações?

Mas a máscara, que estive fitando inerte, que falava à esquina com um homem sem máscara nesta noite de fim de Carnaval, por fim estendeu a mão e se despediu rindo. O homem natural seguiu à esquerda, pela travessa a cuja esquina estava. A máscara - dominó sem graça - caminhou em frente, afastando-se entre sombras e acasos de luzes, numa despedida definitiva e alheia ao que eu estava pensando. Só então reparei que havia mais na rua que os candeeiros acesos, e, a turvar onde eles não estavam, um lugar vago, oculto, mudo, cheio de nada como a vida.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

con dos

hijos de

gallego, emigrante,

amigos, ... y amigo

.

CONSIDERANDO que 

http://www.fidelcastrohamuerto.com/ http://www.diariodeleon.es/noticias/revista/la-savia-espanola-de-fidel_275060.html 

http://noticias.labutaca.net/2008/05/13/bobby-moresco-crash-colision-llevara-al-cine-la-vida-de-alina-fernandez-la-hija-rebelde-de-fidel-castro/ 

http://barrionu.wordpress.com/2011/07/24/el-perfil-psicologico-de-castro-sus-origenes-original-de-maritza-beato-phd/ 

http://www.noticias24.com/actualidad/noticia/3152/la-historia-del-padre-de-fidel/ ... 

http://blogs.publico.es/manolosaco/1924/la-ceoe-sigue-haciendo-el-trabajo-sucio/#comments 

http://blogs.publico.es/manolosaco/2075/el-teatro-del-absurdo-y-la-democracia/ 

http://blogs.publico.es/manolosaco/1919/la-declinante-monarquia-revolucionaria/ 

http://blogs.publico.es/manolosaco/3256/criminales-damas-de-blanco/

 ... y un millón y un considerandos más

http://concorno.blogspot.com/2010/08/un-fidel-con-toda-la-barba_10.html

.

Foto: casa natal de Angel CASTRO Argiz, en Láncara - Lugo - GALICIA, de: http://maloca-mitribuna.blogspot.com/2010/04/las-raices-lucenses-de-fidel-castro.html
Daños colaterales. 

Jamás lo hubiera pensando. 
Jamás pasó por mi mente 
que, en la calle, tanta gente, 
al verme pasar cansado, 
se coloque a mi costado, 
me observe de arriba abajo 
y suelte con desparpajo 
un grito de pesadilla: 
"¡Anda, que te den morcilla, 
viejo musiú del carajo!" 

 Jamás hubiera creído 
que una vieja choferesa 
pusiera mirada aviesa 
en mi rostro envejecido 
y con odio incontenido 
abriera puerta del coche 
y, en lo obscuro de la noche, 
bajo su rostro severo, 
como si no fuese nada, 
diera tremenda patada 
en medio de mi trasero 

 ¿Cuáles maldades hice, mi Dios santo?. 
¿A quiénes ofendí, sin pretenderlo?. 
Tú tienes, Señor, que comprenderlo, 
que fui malo, ¡lo sé!, pero ¡no tanto..! 

¿Qué culpa tengo, pues, mi buen Señor, 
que por ser mi hijo el de "La Hojilla" 
venga a pagarlo yo con el dolor 
de mi pobre y sensible rabadilla, 

Que hasta el alma se me pone tensa 
cuando siento en la espalda tal ofensa? 

 (Manuel da Roura) 


Monte Louro terra entre mares de um só mar . posto o sol, adeus

10 comentários:

  1. Bem
    Esta tarde me has conectado con mi pasado en varias etapas. Una es mi herencia, pues mis abuelos vivieron en Cuba en el tiempo de los padres de Fidel,y visitaron su casa muchas veces, pues conocían a una persona que trabajaba allí. Conocieron a Fidel de pequeño, coetáneo de mi madre.
    La otra conexión es de un recuerdo más cercano, del año pasado, en el blog que nombras, yo escribía con otro nik.
    En cualquier caso, me es grato pensar en Cuba. No me son gratas las manipulaciones y mentiras a que ha estado, y está, sometida siempre esa querida isla y esa querida Revolución, con todos sus fallos, pero como diría la canción: "No es perfecta, más se acerca a lo que yo simplemente soñé".
    Un saludo
    Eirene

    ResponderEliminar
  2. Gracias, bem.
    Pasaré por aquí, directamente.
    Saludos.

    ResponderEliminar
  3. A este bloger non se lle escapa detalle. El sempre anda ben solto polo aramio sen síntomas de vértigo.

    Apertas.

    ResponderEliminar
  4. Eirene, no sé si heredamos algo de la tierra, de la mar, del aire, y del pan. Yo no recibí más herencia que esa. La segunda conexión que mencionas, es para mí un enigma irresoluble. Lo último, he podido constatarlo, y me admira tu capacidad, tu nervio y tu tesón en combatirlas, y sabes lo mucho que lo agradezco. Alguna vez he sentido necesidad de enviarte algo, pero no tengo tu e-mail. El mío es accesible a través de “mi perfil”. Un abrazo.

    pd. No olvido que tanto a tí como a Luis Rodrígues os debo respuesta en la anterior entrada. Discúlpame.

    ResponderEliminar
  5. Camarada, muchas gracias a ti, no sé bien a que te refieres, pero haz como mejor gustes.
    Un abrazo.

    ResponderEliminar
  6. Monseñor, ollo ao pico, non sexas lingualonga, que non saiba o teu curmán que o poño neste blog con dous .. suspensorios, nen que digo dele que é un fillo... de Monte Louro do alén do mar.

    Boa marea.

    ResponderEliminar
  7. Bem:
    Te he enviado un e-mail

    ResponderEliminar
  8. Moi ben traído o remate (chapeau!)de Manuel da Roura para un traxe que vai collendo, de día para día, máis corpo, á medida xusta do devoto consumidor que un é do "bemsalgado"...

    ResponderEliminar