Rosa
a través de blogger.bounces.google.com
11 feb (hace 2 días)
para bemsalgado
rosa deixou um novo comentário na sua mensagem "e chegou":
Querendo brincar com a palavra "cala-te", lembrei-me de um outro poema que, acho eu, faz algum sentido neste discurso que por aqui leio.
A Callarse
Ahora contaremos doce
y nos quedamos todos quietos.
Por una vez sobre la tierra
no hablemos en ningún idioma,
por un segundo detengámonos,
no movamos tanto los brazos.
Sería un minuto fragante,
sin prisa, sin locomotoras,
todos estaríamos juntos
en un inquietud instantánea.
Los pescadores del mar frío
no harían daño a las ballenas
y el trabajador de la sal
miraría sus manos rotas.
Los que preparan guerras verdes,
guerras de gas, guerras de fuego,
victorias sin sobrevivientes,
se pondrían un traje puro
y andarían con sus hermanos
por la sombra, sin hacer nada.
No se confunda lo que quiero
con la inacción definitiva:
la vida es sólo lo que se hace,
no quiero nada con la muerte.
Si no pudimos ser unánimes
moviendo tanto nuestras vidas,
tal vez no hacer nada una vez,
tal vez un gran silencio pueda
interrumpir esta tristeza,
este no entendernos jamás
y amenazarnos con la muerte,
tal vez la tierra nos enseñe
cuando todo parece muerto
y luego todo estaba vivo.
Ahora contaré hasta doce
y tú te callas y me voy.
P.N.
Um Abraço.
O Amor Quando Se Revela
O amor, quando se revela,
não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente.
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
se pudesse ouvir o olhar,
e se um olhar lhe bastasse
pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
o que não lhe ouso contar,
já não terei que falar-lhe
porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=224
nada más
Um abraço para ti também, Rosa.
/E-19:34h
É bom conhecer pessoas de outras nações, de outras paragens, outros costumes e encontrar pontos comuns, outros não tanto mas que nos fazem crescer como pessoas.
ResponderEliminarGostei muito de te conhecer, BemSalgado.
Um post muito bonito, obrigada.
Deixo-te o meu poeta português favorito acompanhado por outro músico português:
Herberto Helder