nâo é por acaso Luis

nâo é por acaso Luis: (www.astormentas.com)
Poema ao acaso


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

luis.rodrigues@astormentas.com


para bemsalgado@gmail.com

fecha 9 de noviembre de 2011 15:17
asunto[bem invitados]

Luis deixou um novo comentário na sua mensagem "Merde!":


Isto é como um glutão frente a mundo cheio de sobremesas.

A Libia já está. O que vou comer a seguir?

http://academic.evergreen.edu/g/grossmaz/interventions.html




Sim Luís, não se pode dizer mais graficamente, e com menos palavras, do que tu o fizeste, para descrever os acontecimentos dos que somos testemunhas quase mudos.

José Afonso chamava-os vampiros, ainda antes de ver todo o que estão a fazer.
Grande homem, como tu dizes, imenso, tanto que, para mim, José Afonso é Portugal.

E, no pessoal, não te digo mais nada, só porque o meu coração ainda não sabe falar.

Um forte abraço.





Os Vampiros

Zeca Afonso



No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada

Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada [bis]

A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas

São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei

Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada

Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

http://letras.terra.com/zeca-afonso/725170/

.

/E-13:25h

1 comentário:

  1. Estou aqui com os olhos marejados a ver o teu segundo vídeo. É como o Norma Rae. A força da união emociona-me. Tanto que poderíamos ser. Juntos.

    Sobre a grandeza falava no Zeca, mas pelo menos num aspecto em ti. Na força de não desistires, mesmo quando a corrente é muito forte.
    Eu desisti. E o pior é que quase que não me envergonho.

    Sabes que neste pri (interrompi pq me ligaram para tratar de coisas da realidade, e agora que voltei já não sei onde está o que senti ao ver isto, nem sei que é da vontade...)

    desculpa-me e um abraço

    ResponderEliminar