nâo é por acaso Luis

nâo é por acaso Luis: (www.astormentas.com)
Poema ao acaso



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sesentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
Eque pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono dequem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar esofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
Eque se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

de Manuel da Roura, de 2001 á vista está


Carta personal de Manuel da Roura, Venezuela, 12-08-2.001


Amigo Bem: Quedó poco espacio para ti. Aunque se trató, ahí en Santiago, poco del asunto que se suscitó entre nosotros hace más de dos años, creo que para los dos queda entendido que sanseacabó. Olvidémonos pues del caso y sigamos siendo tan amigos como lo éramos.

Oyendo a unos y a otros en esas tierras, pude notar un desentendimiento total de los problemas generales que hoy están en toda cabeza responsable y preocupada.
Nada se dice sobre la globalización neoliberal, con lo que este término arrastra de maléfico y terrible para todo el mundo.

Aquí, en América, ya lo estamos sufriendo pero, vosotros, porque no os llegó aún la crisis económica que aquí campea, no habláis de ello.

Sin embargo será necesario que vayáis poniendo las barbas a remojo porque, esas cosas no se quedan así, ¡hinchan!.

Que Galicia, España u otro país cualquiera, aún primer mundista, tenga mucho cuidado de no interponerse en el camino del Imperio, porque ¡lamben!
(le dan de hostias) .

Nosotros
(Venezuela) somos un ejemplo que puede repetirse y, por lo tanto, después de patearnos a su gusto, no faltarán nuevos traseros (glúteos, dice la gente fina) a quienes golpear.

La voracidad de Norteamérica, no se va saciar con Kosovos, Irakes, Palestinas, Cubas, etc. Eso es solo el entremés.

Tomad, pues, un poco más en serio lo que viene y que se os vea, aunque sólo sea un día, correr delante de las policías represivas.

Que te vaya muy bien. Un abrazo.

Caracas, 12 agosto de 2.001

Fdo. M. Silva

( ¡Ojo! No crítica )



Amigo Manuel: tiñas mais razón que un santo, á vista está.
Só que nos, ibéricos, nunca nos interpuxemos no seu camiño.
Bem ao contrario, fomos sempre, e vamos, a onde e por onde nos mandan.
E nem con esas, parece.

E outra cousa, sempre me tocou correr diante, a canto me daba o corpo.
Detrás xa o vexo mais difícil, ainda que puidera.

Nom che quixem contestar entón, por estar recente o noso anterior malentendido. Facelo agora, con once anos de retraso, tampouco é tardar moito, para mim, e mais tendo en conta que foi onte cando atopei traspapelada a carta.

Ademais, e nom é por disculparme, ainda nom se inventara este medio. Como sei que ti nom o les diretamente, sempre poderá um outro fillo teu adubialo como millor conveña.

Um forte abrazo. Outro para o teu fillo Manolo da miña parte.

P.D. Para rematar, poderías decirme, Manuel, qué "bola de cristal" usas?




Recollido de http://trafegandoronseis.blogspot.com/2012/02/500-umg.html



/E-1304h1354.43848/2902.0023h.43934/




/E-13.03.12//09.59h.45454/Letra e música, Adolfo Anta Seoane/

2 comentários:

  1. Les costó mil y un sufrimiento pero ya se desembarazaron del FMI y demás basura neoliberal. Aquí me temo, que deberemos sufrir lo indecible para que en el populacho acabe por sembrar la certeza de que estos nos llevan al abismo. Además, que más chulos que nadie, nos hemos agenciado nuestra propia institución y no necesitamos de organismos yankies para que nos digan que hay que hacer lo que hay que hacer. Como está mandado.

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  2. ¡Buena visión la de tu amigo!
    También la historia del video es premonitoria, además de angustiosa y tristemente real.
    Se nos va a olvidar la palabra libertad, y muchas otras. Nos van a reducir tanto el lenguaje que no vamos a saber qué ni quiénes somos.
    Entretanto, un abrazo
    Eirene

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